Me Chame Pelo Seu Nome é um filme do diretor Luca Guadagnino, baseado no livro de mesmo nome, escrito por André Aciman e publicado esse mês, no Brasil, pela Intrínseca.
Elio é um adolescente dos anos 80 que vive no interior da Itália com seus pais. Seu pai, um especialista em cultura greco-romanca, recebe o acadêmico Oliver, para ajudá-lo em sua pesquisa. Elio e Oliver vão se aproximar aos poucos, construindo um romance arrebatador.
Não vai pensando que esse é o clássico romance gay, cheio de drama, onde a sociedade e os pais não os aceitam, e coisa e tal. O ponto forte do filme é a beleza do afeto, do sentimentalismo, que vai muito além de beleza estética.
O filme transmite, de forma sensível e muito real, o primeiro amor, o desejo e a sexualidade.
O drama aqui é abordado de outra forma: Na auto-aceitação, na juventude e na velhice. Inclusive, as últimas cenas mostram isso de uma forma muito clara. Uma das cenas finais, de um diálogo entre Elio e seu pai, me tocou tanto que eu tive que procurar depois para anotar as frases (é, sou dessas que anota quotes quando eles me tocam, hahaha).
Por ser de uma região camprestre, o filme tem uma fotografia solar aconchegante. As atuações, e até mesmo muitos diálogos durante o filme são bem econômicos, mas ao mesmo tempo transmitem totalmente o sentimentalismo. O que me chamou muito a atenção, foi o fato de focarem mais em mãos se tocando do que em palavras. Até mesmo a luxúria é abordada de forma mais simbolizada, em esculturas e frutas.
Enfim, cada coisa é simbolizada de forma tocante, não é a toa que esse é um dos filmes recentes mais elogiados. Até mesmo Pedro Almódovar o escolheu como “o melhor filme de 2017”.
Me Chame Pelo Seu Nome tem seis indicações no Spirit Award, e sequência confirmada.
Nota:
Estreia hoje, 18 de janeiro, nos cinemas. Confira o trailer:
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